domingo, 15 de dezembro de 2013

O ERRO DE ADROALDO

Daqui de Curaçá, onde estou exilado, não param de me chegar notícias da querida Itororó. Também, não há um único dia em que não reflita sobre a fatídica eleição de 2012. Aprendi muito neste ano e hoje, de longe, vejo as coisas com mais racionalidade. Pelo que leio e me contam, percebo que Itororó solidificou três grupos políticos: o PT (de Adroaldo), O DEM (de Edineu) e o PMDB (de Marco). Ao redor deles, e da aceitação popular, tentam alguma inserção o PSOL (de Milton), o PV (de Cláudia/Virgínia), o PROS (de Biduinha), o PR (de Eujácio) e, agora, a Rede (Zelito Viana e a família Palmeira), além de outros com alguma independência e ideias próprias. Ocorre que separado ninguém vence. Todos precisam de uma aliança para disputar com o mínimo de possibilidade de vitória. Do jeito que as coisas andam, cada um por si, Marco tem mais vantagens e pode vencer como em 2004, em razão da pulverização de candidaturas. Se a oposição quiser chegar à Prefeitura precisa vencer as vaidades e conversar entre seus líderes. Adroaldo em 2012 fez as contas erradas, empolgou-se com o resultado eleitoral dos seus deputados em 2010, uma vitória nunca vista antes, e quis, sozinho, vencer de uma única vez Marco e Edineu juntos. Era uma tarefa grande demais para ele. Poderia ser mais comedido e ter, ainda aliado com Marco, vencido Edineu e, aí sim, em 2016, romperia e venceria Marco. A esta altura, Edineu já estava anulado politicamente e ele, Adroaldo, caminharia com suas ideias para um futuro imaginado por ele como socialista, o que obviamente teria sido melhor para a Itororó. (Faço um parêntese para dizer que Adroaldo e sua equipe, mesmo com alguns problemas financeiros, inerentes à gestão pública, foi um administrador moderno, inovando em muita coisa, basta dizer que a Secretaria de Cultura, que esteve no meu comando, era uma das 22 entre 417 municípios baianos; sem sombra de dúvidas Adroaldo fez o melhor governo que já teve na cidade depois de 50 anos de puro conservadorismo, mas não foi capaz de reunir uma aliança forte o suficiente para se reeleger. Acertou na administração e errou na política. Mas, como amigo dele deste que tenho memória, o conheço bem e sei que ele ainda é o nome ideal para liderar este movimento, após entender estas críticas e retomar o caminho da prosperidade). A lição que vejo é esquecer estes erros políticos do PT e reagrupar o pensamento mais à esquerda e popular contra Marco e Edineu. Portanto, sugiro posturas e caminhos de unificação de toda oposição. Pois, além dos nomes citados acima, no campo da oposição, temos pessoas que poderão unificar esta aliança: Cristina Almeida, Marli, Dr. Gustavo, Sirlene Pereira, Dr. Adauto, Gileaide, Paulo Renê, Dra. Luciana, Delmara, etc. Biduinha e Eujácio, além do ranço direitista, são incógnitas, mas, mesmo assim, deve ser procurados. Numa eleição suplementar em 2014 ou na ordinária de 2016, nossa padecida cidade poderá retornar a um caminho que poderia ter dado certo com Adroaldo: vencer Marco e Edineu. Porém, isso só ocorrerá se toda a oposição deixar a briga interna e começar a conversar pela unidade. Afinal, política é conciliar os contrários. Chegou a hora de todos pensarem apenas em Itororó. Sérgio Ramos é Diretor de Cultura em Curaçá/BA e ex-Secretário de Cultura, Turismo e Meio-Ambiente em Itororó/BA.

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